Vereadores se reúnem com delegado-geral da Polícia Civil em Belo Horizonte

O restabelecimento do Instituto Médico Legal (IML) em São Sebastião do Paraíso foi uma das demandas levadas pelos vereadores Luiz das Graças (DEM) e Marcelo Morais (PSDB) ao chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, o delegado-geral Wagner Pinto de Souza, em Belo Horizonte, nessa terça-feira (26). Além disso, eles pleitearam o aumento do efetivo de investigadores e escrivães no município.

Atualmente, os cidadãos que precisam passar por autópsia são encaminhados para Formiga, causando transtornos aos familiares em um momento delicado. O delegado-geral informou da possibilidade de se realizado um convênio entre o Estado, a Polícia Civil e o Município para a instalação do IML.

Tribuna Livre

O sucateamento da Polícia Civil em São Sebastião do Paraíso foi o tema da fala do delegado Vinícius Zamó, na Tribuna Livre desta semana. Segundo ele, São Sebastião do Paraíso tem o quadro de delegados completo, uma situação positiva e rara no estado, com seis profissionais. Porém, eles não têm equipe de suporte suficiente para a prestação adequada do serviço. "A Polícia Civil continua com o mesmo quadro de funcionários desde a década de 1980. Hoje, trabalhamos praticamente parra atender o plantão, a Polícia Militar, sobram poucas pessoas para as investigações de vulto".

Ele exemplificou a situação com dados municipais: "vim para Paraíso em 2012, quando tínhamos mais ou menos 29 investigadores lotados no município. De 2012 até hoje, saíram 13 investigadores sem qualquer reposição. Sem falar nos escrivães: tínhamos um quadro geral de 10 escrivães, dos quais quatro saíram sem reposição alguma".

O delegado relembrou ainda que, além da investigação criminal, a PC tem diversas outras incumbências, como o Departamento de Trânsito (Detran) e a emissão de Registro Geral - RG. Sobre os serviços relacionados à necropsia, Vinícius Zamó pontuou que, até 2014, havia quatro médicos legistas no município, "mas não tínhamos um posto integrado de perícias, que permitia que nós fizéssemos um exame necroscópico correto. Em virtude disso, fomos dilapidando todo esse patrimônio humano e não nos restou nenhum médico". O delegado encerrou pedindo apoio da Câmara Municipal para a solução dos problemas apontados, ressaltando que uma Polícia Civil mais forte e equipada presta um serviço melhor à população.