1º Período Legislativo - 38ª Legislatura - 2021-2024
Modesta homenagem à saudosa memória de Mariana Marques da Silva, moradora de São Sebastião do Paraíso, no Sudoeste Mineiro, que deixou boas lembranças aos paraisenses que tiveram a oportunidade de conhece-la. Nascida em 8 de maio de 1913, faleceu em 27 de abril de 1982, aos 69 anos de idade, depois de permanecer 46 anos deitada em seu leito de vida espiritual, com o corpo físico totalmente paralisado, devido a uma grave doença. Certamente, há vários outros casos semelhantes, de pessoas que passam ou passaram pelo mesmo drama. Mas, vale rememorar o caso da nossa conterrânea para testemunhar o respeito e a amizade que ela conquistou de muitas pessoas que a visitavam com regularidade.
Se a memória deixa traços de uma vida rompida no passado para o conforto de outras gerações é também fonte de possibilidade para aprender com o tempo pretérito, ir um pouco além do imediatismo do aqui e agora. No caso aqui relatado, trata-se de um exemplo de persistência, resignação e fé, diante dos desafios que qualquer ser humano pode encontrar em sua existência. Entre as pedras de sua travessia, Mariana foi agraciada com sabedoria e descobriu a espiritualidade para atravessar o seu deserto. Católica, quando jovem, participou ativamente de um grupo de religiosas, a União das Filhas de Maria, criado sob a liderança do Monsenhor Felipe da Silveira.
No início da década de 1960, minha família morava na Avenida Wenceslau Braz, no alto da Moco-quinha, quando nenhuma rua era ainda pavimentada nessa parte da cidade, com poucas casas e muitas chácaras. Uma grossa camada de areia recobria a “Estrada Boiadeira”, como era conhecida, popularmente, a referida avenida, devido à passagem regular de cavaleiros, conduzindo seus pequenos rebanhos de gado bovino, levados para o Matadouro Municipal. Próximo ao antigo Seminário Nossa Senhora do Sion (atual Faculdades Libertas), ficava a casa da família da conhecida Mariana, que recebia sempre os cuidados e o conforto de seus familiares.
Em meados da década de 1930, na plenitude de sua vida, Mariana foi acometida por uma grave doença que lhe deixou tetraplégica, quando trabalhava como roupeira no antigo Hotel Central, localizado na esquina das ruas Padre Benatti com Placidino Brigagão, prédio esse que foi, posteriormente, adquirido e reformado pela Mitra Diocesana, para nele funcionar os Colégios Parai-sense e Comercial São Sebastião, sob a direção do pároco, Monsenhor Jerô-nimo Madureira Mancini.
Resumo da sessão: 11/03/2024 Lançamento do PJ 2024 reúne mais de 100 pessoas no Plenário da Câmara Câmara realiza Lançamento Oficial do Parlamento Jovem 2024 Câmara debate sobre recursos para a educação em audiência pública