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1º Período Legislativo - 38ª Legislatura - 2021-2024

 

Aconteceu

<b>Audiência pública busca soluções para a contaminação das águas do Córrego Liso</b>

Audiência pública busca soluções para a contaminação das águas do Córrego Liso

 

Data: 13/11/2009

A convite da Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso, as Comissões de Meio Ambiente e de Participação Popular da Assembléia Legislativa de Minas realizaram uma audiência pública nesta quinta-feira (dia 12) no Teatro Municipal Sebastião Furlan, em São Sebastião do Paraíso. Três deputados estaduais estiveram presentes na reunião, André Quintão (PT), Antonio Carlos Arantes (PSC) e Rêmolo Aloíse (PSDB).
Desde que membros da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, acompanhados do presidente da Casa, Ailton Sillos (PSC), foram ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), em setembro, a Câmara se comprometeu a trabalhar com o intuito de reduzir o problema do Córrego Liso, considerado o mais poluído do Estado de Minas. O próprio Igam apresentou na oportunidade um estudo que mostrou índices de contaminação muitas vezes acima do permitido pela legislação. A audiência do dia 12 foi uma iniciativa de combater o problema que, desde divulgado, tem despertado o interesse da população. Mais de 500 pessoas da comunidade compareceram, em protesto contra a situação das águas do município e contra o mau cheiro dos curtumes.
O vereador presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, José Luiz Corrêa (PT), fez uma apresentação de fotos e dados que apontam a contaminação do córrego por produtos tóxicos como cromo, nitrito, fósforo e cianeto. Os índices superam em 300 vezes o considerado normal. O córrego é afluente do Rio Santana, de onde é feita a captação de água pela Copasa.
O prefeito de São Sebastião do Paraíso, Mauro Zanin (DEM), disse que o problema do Córrego Liso tem sido questionado há muitos anos. "O córrego nasce com mais esgoto do que água limpa. São dejetos industriais e domésticos, não podemos culpar só as empresas", declarou. Zanin anunciou que a Câmara Municipal aprovou uma lei autorizando a prefeitura a estabelecer convênio com o Estado, por meio da Copasa, para implantar o tratamento de esgoto na cidade. "Não sabemos se é a solução, mas é o que podemos fazer para melhorar a situação. Há mais de quinze anos esta questão está sendo adiada e agora esta Câmara enfrentou o problema e decidiu. Isso pode não nos dar votos, mas será melhor para a saúde da população".
O Córrego Liso recebe esgoto doméstico e industrial sem tratamento. O mau cheiro insuportável, causado sobretudo pela atividade de beneficiamento do couro, foi a maior queixa levada pelos moradores através de cartazes e também em suas falas.
Deputados, moradores e outras autoridades presentes à reunião reclamaram da falta de fiscalização. O presidente da Câmara Municipal, Ailton Sillos, pediu mais esclarecimentos sobre quais organismos são responsáveis pelo trabalho de fiscalização. “Eu participei há alguns anos de uma assembléia neste mesmo local sobre este mesmo assunto. O que estou vendo hoje, alguns anos depois, é que estamos simplesmente com os mesmo problemas e ainda mais agravados Os órgãos ambientais dizem que não têm estrutura e têm dificuldades. Estamos mobilizados e determinados a mudar esta situação. Não podemos continuar com esta pecha de município mais poluído de Minas Gerais. Mas para isso é importante que os órgãos governamentais façam sua parte e determinem onde estão estes poluidores. Não queremos por dedo acusador em cima de ninguém. Há empresas que estão fazendo sua parte muito bem feita, mas precisamos definir quem está poluindo para partir em busca de solução definitiva”
A representante regional da (Supram) Regional Sul, de Varginha, entidade ligada a FEAM (Fundação Estadual do Meio Ambiente), Josiane de Freitas, disse que só fiscaliza os empreendimentos que são licenciados. Os clandestinos ou com pedido em tramitação devem ser fiscalizados pela Polícia Ambiental ou pelo Comitê Gestor de Fiscalização Ambiental Integrada (CGFAI), órgão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Segundo Josiane, há o registro de 12 curtumes na cidade, seis deles licenciados, três desativados e os outros três com a licença vencida.
Presentes à audiência, representantes empresariais se dispuseram a estabelecer um pacto para recuperar as águas do Córrego Liso e acabar com o mau cheiro que incomoda toda a população. A idéia foi apresentada pelo gerente de Meio Ambiente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Wagner Soares Costa. Ele citou como exemplo bem-sucedido a medida semelhante para melhorar a qualidade das águas do Rio das Velhas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Curtimento de Couros e Peles de Minas Gerais (Sindpeles), Welington Mumic, também afirmou que os curtumes estão prontos para recuperar o rio. Em defesa do segmento, ele afirmou que as empresas trabalham com licença ambiental e são comprometidas com a legislação. Ele garantiu que o cromo usado no processo de curtimento não provoca câncer, e que o cianeto encontrado nas águas está acima do local onde são lançados os dejetos dos empreendimentos. Em relação ao mau cheiro, Mumic se comprometeu a procurar uma solução. "Vamos buscar um processo para reduzir o odor. Já existe produto, mas pode ser muito caro e de difícil manipulação para processos feitos ao ar livre. Teríamos que encapsular", explicou.
Também participaram da reunião o promotor Luiz Augusto Belloti; o presidente do Comitê de Bacias Hidrográficas dos Afluentes Mineiros do Médio Rio Grande, Francisco Landi Pereira; o presidente do Codema, Mauro Westin; o analista ambiental do Igam, Milton Olavo de Paiva Franco; o analista ambiental da Supram regional Sul de Minas, Amilton Ferri e o diretor da Gonçalves Salles S.A Laticínos Aviação, Geraldo Alvarenga Resende Filho.

 

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